Jardel

Depois de uma semana, a entrevista de Regis Rósing ainda repercute aqui no estado. Não apenas pelo brilhantismo da matéria, que talvez até renda algum prêmio ou reconhecimento ao jornalista, merecidamente. A torcida tricolor se comoveu com o desabafo de seu ídolo, e iniciou a campanha “Volta Jardel”. Confesso que ao assistir a entrevista até esbocei um sorriso, lembrando dos gols dele. E que gols! Apesar de ser bem pequena na época, recordo muito bem daquele time de 95/96: Darnlei, Arce, Adilson, Rivarola, Roger, Dinho, Goiano, Arilson, Carlos Miguel, Paulo Nunes e Jardel, todos sob o comando do Felipão! O jogo contra o Palmeiras de Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, César Sampaio, Cléber e Edmundo, aqueles 5 a 0, três gols do Jardel, no Olímpico pela Libertadores. Ainda está tão fresco na memória quanto a Batalha dos Aflitos. Com o pedido de Jardel para jogar no Grêmio ou no Vasco, muitos torcedores gremistas logo imaginaram ele entrando no time e mandando para as redes todas as bolas alçadas à área. Porém, os 13 anos que passaram somados aos quilos a mais, o longo tempo fora dos gramados e o problema com as drogas, que diferenciam o ídolo da década de 90 do Jardel de hoje, transformando o pedido em utopia.
A posição da diretoria é correta, afirmando que no momento o clube tem outras prioridades, outras questões a resolver. Se mostra sensibilizada com o caso do jogador, mas admite que é hora de colocar a razão diante da emoção. E, é o que deve ser feito. Falta uma semana para iniciar o Brasileirão e ainda é preciso arrumar a casa. O técnico continua sendo vaiado pela torcida, o time não agrada e as previsões não as melhores possíveis. Há quem diga “tem oferecer a estrutura material e profissional do clube, um tratamento adequado para recuperação psicológica e física, para poder assim atingir um condicionamento ideal. Sem cobranças, sem pressão. Daí quem sabe ele volta a jogar.” Discordo! Diante do quadro atual, o Grêmio não tem condições de servir de SPA para o centroavante. Reintegrá-lo ao grupo de jogadores neste momento é arriscado tanto para o Jardel como para o Grêmio, pode ser uma faca de dois gumes. Transformando a boa vontade em um vexame. Manchando todas as boas lembranças por conta de uma atitude precipitada.

* Imagem retirada do Google.

domingo, 4 de maio de 2008

2 Comments:

Veterano Sambaqui said...

A matéria esta ótima, mas pô, logo o Jardel, nosso eterno idolo, tus não queres de volta.
Fabiano xangri-la@hotmail.com

KELLY said...

ahh.. coitado do cara! haisuhasi
mas mando bem dorothyYy!!
bejaaao