Como um cavaleiro colocando a armadura: é assim que ele se sente cada vez que se farda para mais um dia de trabalho./ Sua couraça trata-se de uma camiseta, geralmente preta, sem número./ Em sua batalha, não ouve gritos de guerra nem uivos dos feridos./ Mas sim ofensas e insultos direcionados a ele mesmo./ Sabe que é uma profissão dura./ Vive constantemente vigiado pelos olhos frios das câmeras de televisão./ Sobre os olhares de desprezo dos torcedores./ Dos olhares dos jogadores e treinadores que geralmente o focam como inimigo./ Da falta de tolerância e de compreensão quando um erro é cometido, erro este humano./ A maioria o julga com o coração e não com a razão./ Sabe que carregará durante toda a sua carreira a imagem de ladrão, de inimigo, não importa onde vá apitar./ Se faz um bom trabalho ou não./ Ao entrar em campo ou até mesmo antes, quando seu nome é anunciado, será ovacionado com este título e vaias./ Ainda no vestiário, reza e pede a Deus que consiga desempenhar sua função e que seja um jogo tranqüilo./ Já fardado, confere seus utensílios: os cartões, apito, cronômetro./ Está tudo ok!/ É então, chegada a hora de pisar no gramado./ Neste domingo, ele está mais ansioso e nervoso do que o habitual./ Não sabe dizer qual a razão, mas sente que algo muito importante acontecerá./ Tenta disfarçar, e relaxar, mas é com inquietação que ele dá o apito inicial./O jogo começa e se iniciam também as brigas dentro de campo./ Lances de jogo./ Disputa acirrada./ Afinal, ele está apitando um Gre-nal./ A torcida, pra variar, xinga inclusive a sua mãe a cada falta marcada ou impedimento./ Mas o árbitro ainda sente que algo está errado./ Mas não havia esquecido de nada./ Estava tudo ali./ Não!, pensava, era um dia normal./ Definitivamente, deveria ser um dia normal./ O jogo, lá pela metade da etapa inicial estava mais disputado do que nunca./ Zero a zero./ Muitos cartões amarelos para cada lado./ Mas tudo em ordem./ Tirando aquelas brigas na torcida./ Mas isso também já se tornara normal./ Intervalo, e tudo ainda bem./ Até que sentiu-se mal./ Ainda no vestiário./ Ligou para sua casa./ A mulher atendeu depois de tocar e tocar./ Estava tudo bem./ E os filhos?/ Também, disse a esposa./ O tempo era pouco./ Hora de voltar ao campo./ E a sensação de algo errado continuava./ Realmente, o dia não seria normal./ O jogo foi perfeito./ Daqueles de torcedor nenhum colocar defeito./ Placar farto de gols./ Cenas que seriam repetidas exaustivamente./ Mas nenhuma tão reprisada como aquela./ A imagem que acabou com a alegria do jogo, que, inclusive, acabou sendo anulado./ A da morte do juiz./ Ali mesmo, no gramado.//
Escrito por Andressa Xavier e Cristiane Serra. (Conto feito para a disciplina de Redação para Rádio- 2007/2)
*Imagem retirada do Google, claro!
Escrito por Andressa Xavier e Cristiane Serra. (Conto feito para a disciplina de Redação para Rádio- 2007/2)
*Imagem retirada do Google, claro!
3 Comments:
gurias muito tri o texto mesmo!
parabéns pras duas.
beijoo minhas amadas
sucesso sempre.
Nossa! Coitado do juiz... hehe
Muito legal o texto..
Beijo
Só podia ser vocês duas pra escrever isso nhe?! IUAHAHAOAHIUSIUAHU
Beijos, vou atualizar aquela birosca assim que der. Tem gnt que eu nunca vi na vida comentando. aiuhahshshauaohsua
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